Thaís de Almeida Prado convida artistas de diversas áreas para responderem com seus corpos, sonoridades, imagens e palavras a temática da VIOLÊNCIA. O projeto abarca desde trabalhos de dança, quanto teatro, peças radiofônicas, performances, instalações e performances audiovisuais.
Performer, cineasta e artista transdisciplinar, desenvolve um trabalho nas fronteiras entre as artes visuais, o cinema, o teatro, a dança, a música e a literatura. Recentemente realizou uma residência artística na Saline Royale d’Arc et Senans, na França, onde desenvolveu a instalação “Aller/Retour”. Passou um período na Alemanha onde colaborou com a artista sul-coreana November Wong, com a artista norte-americana Rachel Alliston, com o artista espanhol Lee Cofa, além de ter trabalhado com Bianca Mendonça e Katharine Geyer na criação do espetáculo “Co2 e outras Toxinas”. No Brasil, em 2014 criou a videoinstalação “Icamiaba-Beatnik” junto com Lucas Bambozzi. Em 2012 com a Cia Auto-Retrato, foi contemplada com o edital de FOMENTO ao teatro, com o projeto “Origem/Destino” - espetáculo de intervenção urbana. No mesmo ano dirigiu o curta-metragem os barcos, contemplado com o prêmio do 16° Festival Cultura Inglesa. Em 2007, no 16º Festival Videobrasil, criou a performance “A Adormecida que…”, para a exposição “Tulse Luper Suitcases”, do cineasta britânico Peter Greenaway – solo resultou em um livro-performance.
07.11 | WELLINGTON DUARTE e DANIEL FAGUNDES + NATHALIA LORDA e KATHARINA GEYER
WELLINGTON DUARTE e DANIEL FAGUNDES
pOsição amOroSa – Dança (40 min)- Teatro
Em pOsição amOroSa, Wellington e Daniel Fagundes dialogam com a obra homoerótica de Hudinilson Jr.
Uma investigação de atrito e deslocamentos, distância do relacionamento sem consolo, posição invertida, insolúvel, uma situação amorosa, corpos liquidificados, sexo, plexo, sangue, corpo, desejo, desterro.
O lugar do desejo é o mesmo da tensão.
pOsição amOroSa faz parte de uma série coreográfica que Wellington Duarte vem construindo desde 2016, através de ações que fazem uma evocação direta ao corpo e suas capacidades, ao corpo e suas potências e buscam instaurar um caráter insurgente no corpo, a fim de construir situações coreográficas em suas potências políticas.
Fogo da Destruição – Performance (20 min) - Teatro
com Katharina Geyer e Thais de Almeida Prado
A performance O Fogo da Destruição, tem como inspiração inicial as recentes queimadas na Amazônia e, de maneira complementar, outros incêndios relativamente recentes como o do Museu Nacional e o incêndio da Catedral de Notre Dame. O que estaria acontecendo com a humanidade e este signo que se impõe diante nós de forma palpável e visível no meio ambiente, na cultura e na história? De que maneira podemos nos deixar atravessar e transformar por ele? Pensando nestas questões, decidi utilizar o elemento fogo como signo e simbolismo da violência de nossa época. Será que seu aspecto de renovação e renascimento está incluído nestas manifestações? Haverá um sinal de que ressurgiremos após as cinzas, ou nos aprofundaremos de vez em seu aspecto destruidor? Para abordar essas questões, usamos livremente inspirações poéticas para brincar com luz, sombra, vítima e carrasco, sem determinar ao certo qual aspecto prevalecerá. Desse modo, a performance aborda duas energias: a bailarina ígnea, volátil, demoníaca, sombra. E a atriz terra, humana,ego, luz adormecida. Cinzas, luz ou escombros? De onde virá a resposta?
08.11 | KARINA KA + ESTELA LAPPONI
Lokha - A Mulher do Fim - Performance (36 min)
Em tempos de guerra, manifestações, ocupações, mudanças nas políticas sociais, mulheres assumem sua força feminina para ancorar a vida na terra e mudar os velhos padrões patriarcais. Faxineiras, guerreiras, anti-heroínas, mulheres armadas de suas “magias” numa revolução humana de amor e resistência.
“As mulheres são detentoras do imenso potencial de oferecer ao mundo um modo inteiramente novo de compreender o padrão cíclico da vida. Mas se continuarmos insistindo em percorrer a linha reta da perfeição e das “performances”, o corpo vai lhes dar uma rasteira, é uma questão de tempo. E o corpo só permanecera ultrajado enquanto não der início a sua vingança.”
(Woodman, Marion – A Feminilidade Consciente,2003, p.24)
B.U.N.I.T.A.S [ce] – Filme (30 min)- Teatro
Projeção de vídeo em que bocas de mulheres cis descrevem suas vulvas. Este filme tem como inspiração o projeto #lambebuceta e uma frase do dramaturgo Nelson Rodrigues - “Uma boca aberta é meio ginecológica, madame... afinal, o dentista acaba sendo ginecologista." B.U.N.I.T.A.S foi concebida por Estela Lapponi em 2017 e tem como argumento ser uma obravídeoresposta à ninfoplastia - prática cirúrgica de “correção” da vulva. Contém duas obras que podem ser independentes: filme e performance.
As Bunitas que participam da obra são: Angélica di Paula, Cristina Maluli, Juliana Fierro, Luanah Cruz, Paula Cohen, Thais Ponzoni e Vanessa Moraes.
14.11 | FENDANDA VALDIVIESO + THAIS DE ALMEIDA PRADO
FERNANDA VALDIVIESO e THAIS DE ALMEIDA PRADO
Reenactment de "Beije-me como se fosse a última vez" performance – teatro – (50 min)
Thais de Almeida Prado convida artistas para fazerem um Reenactment da performance "Beije-me como se fosse a última vez", de Fernanda Valdivieso. A performance aconteceu pela primeira vez no Dock11 em Berlim, 2015 . É uma encenação sobre o fim. Ela surgiu do desejo de experimentar no espaço teatral o sentimento da despedida. É uma performance de um ato, onde o contato de duas bocas revela o potencial dramaturgico emergente em cada adeus que se compõe.
com Thais de Almeida Prado, Marcelo Diório, Julia Katharine, Marco Barreto.
21.11 e 22.11 | JULIANA ALBUQUERQUE + FERNANDA STEFANSKI + THAIS DE ALMEIDA PRADO +
RENATA FERRAZ + LIVIA MASSEI + LAURA SOBENES, GIAN MELLONE, FERNANDA VALDIVIESO,
CAROLINA CHAVES E THAIS ISOVELOR
PERFUR[AÇÕES] é uma ação que contempla as performances:
", não matarás!" , de fernanda stefanski,
"untitled", de thais almeida prado,
“calles de sangre”, de juliana albuquerque
e os videos "regras", de renata ferraz e
"asfixia", de livia massei,
junto com intervenções audiovisuais de rogério borovik.
Em paralelo às Perfur[ações] teremos a videoinstalação "não fala",
de laura sobenes, gian mellone, fernanda valdivieso, carolina chaves, thais isovelor e sebastian biskup.
Performance à performance:
“, não matarás!” - PERFORMANCE - TEATRO
, não matarás. é uma performance multi-linguagem que surge a partir do cruzamento entre o pensamento do autor George Bataille, em seu livro O Erotismo e a obra-prima de Clarice Lispector A Paixão segundo GH, lançado em 1964, ano dos eventos que culminaram com o golpe militar no Brasil. Numa narrativa que se manifesta através de elementos da linguagem teatral, da dança e do audiovisual, a proposta
é realizar uma reflexão sobre questões que habitam o domínio da violência, tocando temas como a morte,
a sexualidade e a rebelião, identificando os abismos e descontinuidades que nos separam.
Nós, seres humanos em nossa vida humanizada.
“calle de sangre” – Performance - Teatro
Untitled - Performance - Teatro
Do corpo e da tentativa de ser.
Regras (Rules)- video (4min)– Teatro
We suspect that what bothers the powerful is not sexuality itself but the invention of lifestyles that clash with
ocially accepted standards. So, maybe a way to resist is to make those speeches bleed out of us, so that once
periodically eliminated, they can constantly renovate our fight.
Asphyxia - video (3min) – Teatro
LAURA SOBENES, GIAN MELLONE, FERNANDA VALDIVIESO, CAROLINA CHAVES, THAIS ISOVELOR
E SEBASTIAN BISKUP.
Terceiro mundo - videoinstalação (loop) –
Videoinstalação baseada nas violências cotidianas que alguns brasileiros sofrem diariamente. O trabalho
procura entrelaçar as narrativas a fim de obter fragmentos selecionados naturalmente pelo seu ouvido.
Uma onda de violência sonora faz você ouvir o que você quer. Afinal o discurso completo é importante?
28.11 | PALOMA KLISYS + CAMILLE LAURENT e STEFANIE EGEDY + FERNANDA FERNANDES,
THAIS DE ALMEIDA PRADO e LUCIANA RAMIN
Máquina de Inscrever - Performance Audiovisual (40 min)
“Máquina de Inscrever” é, a principio, uma série de programas experimentais de rádio arte feitos para a
internet que, nesta versão ao vivo adaptada ao formato de uma apresentação de 30 a 40 minutos de duração
expande a esfera da arte sonora para as artes audiovisuais.
FERNANDA FERNANDES, THAIS DE ALMEIDA PRADO e LUCIANA RAMIN
Entranhas - Performance Audiovisual - (20 min) – Teatro
CAMILLE LAURENT e STEFANIE EGEDY
MOD09 - Performance Audiovisual - (9min) - Teatro
Focadas na criação de pós-imagem e de ondas de baixa frequência sonora (OBFS), a dupla Camille Laurent e
Stefanie Egedy trabalha as sensações físicas provocadas por estas ferramentas, tanto nos corpos como na
reconfiguração de espaços sensoriais. Com esse intuito, criam instalações e performances que exploram o uso
de movimentos sonoros e luminosos.
Na performance MOD09, as artistas se colocam num cenário estranho, escuro e preenchido por OBFS,
no qual o público é provocado fisicamente, pelas ondas sonoras que fazem tremer seu corpo e o pós imagem
que leva para um universo escuro, tenebroso, estranho.
29.11 | MICHELE LOUISE SCHIOCCHET e MILENE DUENHA + NATACHA DIAS + THAIS DE ALMEIDA PRADO
+ ANDREA TEDESCO + CLÓRIS PARIS E PAULA MALFATTI
MICHELE LOUISE SCHIOCCHET e MILENE DUENHA
Amarração - (vídeo)- loop
Essa performance de Michele schiocchet e Milene Duenha é uma tentativa de criar uma pequena fenda lúdica
num contexto em que o conteúdo do discurso político parece ter perdido a potência. Brincamos com o universo
mágico e ritual para tentar dar conta de tocar uma realidade que parece escapar constantemente da razão
Estilhaços - uma desmontagem cênica (45 min) - Teatro
"Estilhaços - uma desmontagem cênica" é escrita explodida, narrativa partilhada de detritos poéticos, ação de
resiliência criativa que se edifica sobre fragmentos de aprendizagem humana em tempos de ruínas.
Pode Me Chamar de Úrsula - Performance - (20 Min) Teatro
Performance criada pela atriz Andrea Tedesco, livremente inspirada em trecho do livro "A Política Sexual da Carne,
uma teoria feminista-vegetariana" de Carol J. Adams.
CLÓRIS PARIS E PAULA MALFATTI
MÀna - Performance - (20 min) - Teatro
A performance tem como inspiração a realidade da mulher que é mãe diante das mudanças políticas atuais,
a falta de preparo do Estado e o mito da mãe, usando como ponto de partida fragmentos do livro
Teoria King Kong de Virginie Despentes e trechos de Virginia Woolf. A proposta é realizar uma reflexão sobre o
romantismo da maternidade tão difundido e a violência velada da realidade feminina dentro de uma sociedade
patriarcal utilizando elementos poéticos da linguagem teatral, da dança e do audiovisual.
LUCAS BAMBOZZI e THAIS DE ALMEIDA PRADO
Icamiaba Beatnik - videoinstalação (loop) - Camarins
Um lugar que já não é mais. um percurso improvável. uma falta de lugar.
EXODUS - VideoArte: Perfo da Flor (loop)- Camarins
Perfo da Flor compõe o programa performativo EXODUS onde a artista Patricia Saravy atua sobre
maternidade/amor/morte.
o vídeo parte da pergunta da artista: "... pra terra onde emana leite e mel...", onde leite é o alimento e
mel a alegria: o alimento se fez leite no corpo, e donde emana a alegria desta terra/mulher/mãe?
Criação/Atuação/Edição - Patricia Saravy
INGRESSO CONSCIENTE
O público, consciente do trabalho envolvido para realização do espetáculo, e do valor que ele dá para vivenciar esta experiência, escolhe quanto acha adequado pagar pelo seu ingresso, de acordo com sua condição financeira.
Classificação indicativa: 14 anos
COMO CHEGAR
METRÔ: Linha Verde | Estação Sumaré
ÔNIBUS:
Com embarque/desembarque na Av. Alfonso Bovero:
199D-10 | Conexão Vila Iório - Term. Pinheiros
478P-10 | Sacomã - Pompéia
7267-10 | Apiacás - Praça Ramos de Azevedo
856R-10 | Lapa - Socorro
Com embarque/desembarque na Av. Sumaré:
177Y-10 | Metrô Barra Funda - Pinheiros
209P-1 | Cachoeirinha - Term. Pinheiros
209P-10 | Cachoeirinha - Term. Pinheiros
778J-10 | Jardim Arpoador - Metrô Barra Funda
778J-41 | COHAB Raposo Tavares - Metrô Barra Funda
875H-10 | Term. Lapa - Metrô Vila Mariana
Este espaço conta com o apoio do Edital de Apoio aos Espaços Independentes - Secretaria Municipal de Cultura.
CENTRO DA TERRA – Teatro – Rua Piracuama, 19 – Perdizes. Telefone – (11) 3675-1595. Capacidade – 100 lugares. www.centrodaterra.org.br